quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Sentido da morte versus Sentido da vida


Hoje participei numas Jornadas organizadas pela Escola de Enfermagem da UTAD, cujo o tema era “Sofrimento, Educação e Saúde”. A primeira apresentação foi sobre o Sentido da Morte versus o sentido da Vida. Talvez pela primeira vez tenha ouvido falar deste tema de uma forma tão séria. Todos já ouvimos falar de morte e de certo modo já passamos por uma situação de perda de alguém ou pelo menos foi vivenciado por conhecidos.

Durante a apresentação retive algumas ideias que me deixaram a pensar na vida e na morte. Limitei-me a transcrever o que apontei na folha de papel branca.

Vale apena que eu exista? Porque existo? O que vale apena na minha vida?
Aquilo a que damos sentido na vida, diverge daquilo que os outros dão valor.
Cada momento da vida é único. Pois o que vivemos agora nunca foi experimentado antes.
Que posso eu saber? Que devo fazer? Que posso esperar?
As nossas escolhas determinam a minha vida. E nunca sabemos se esta escolha é a última.
Afinal o que é morrer? Não sei… Nunca vivi! Mas viver é ser capaz de fazer perguntas.
Morrer não se sabe, pois nunca experimentamos antes. É um facto, pode ser um acto e um acontecimento.
A morte de alguém não é apenas uma notícia de jornal, tem impacto para os que lhe são próximos. Para ele o mundo acaba mas para quem fica, o mundo é diferente.
Eu não sei o que vai ser o amanhã.
A morte não é um acontecimento da vida. A morte não se vive!
Continuamos vivos pela Geração (descendência), cultura e pelas obras que fazemos.
“Não terás a vida que procuras” A origem do sofrimento é o desejo. Tudo é sofrimento!
Quando eu estou vivo a morte não existe, e quando eu estou morto eu já não existo. A morte não existe. Então “carpien diem”. O melhor é viver…
A morte é o fim certo e é inevitável.
“Gostaríeis de conhecer o enigma da morte, mas como o encontrareis? A não ser que os busqueis no coração da vida?” (Kali Gibran, o Profeta)
O sentido que cada um dá á sua vida não pode terminar com a morte.


Assim, a Prof. Dr. Maria da Conceição Azevedo, foi a primeira abrir o ciclo de conferências e a começar com um tema tão apelativo, do meu ponto de vista pessoal e académico, uma vez que será uma realidade que poderei ter que enfrentar quase diariamente na minha futura profissão como Assistente Social.


Nascemos, Vivemos e Morremos.
Não esquecendo a dor, a perda e o sofrimento.
O que mais me irá custar quando perder alguém que verdadeiramente amo é a Saudade.

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