Acho que vou começar pelo inicio…
Quando viemos para a Roménia, viemos de autocarro de Budapeste- cluj napoca, na altura, exactamente 2-2-09 compramos o bilhete de ida e volta porque ficava mais barato, e depois só bastava reservar pela internet a data que queríamos ir. O que acontece, é que foi muito tempo desde do dia de chegada ao dia de partida, e o Cristiano perdeu o seu bilhete. De qualquer das formas marcamos a data, para a dia 2 de Julho as 4 horas da manhã. O Cristiano preocupado com bilhete porque não sabia se podia ir sem pagar outra vez e se pagava em euros ou leis e nós a dar-lhe na cabeça, que anda sempre na lua… chegadas as 3:40h apanhamos o táxi e fomos para o local de encontro, e assim foi, esperamos um pouco ainda… até que o Bruno mete as mãos ao bolso e percebe que não tem o bilhete para ir de volta para Budapeste. Ficamos já todos preocupados, mas com calma esperamos explicar a situação ao condutor, apenas eu tinha o dito bilhete. O autocarro chegou atrasado uns 10 minutos, eles esperançosos e eu a dizer que eles tinham de pagar, lá metemos as malas na bagageira, e perguntamos ao sr. se falava inglês, a resposta negativa começou a preocupar porque nem nos falamos Romeno nem o Sr. percebe português ou o inglês. Tentamos explicar mas não deu resultado, até que chamou algum dos passageiros para ser o tradutor… explicada a situação o condutor tentou ligar ao chefe para tentar saber o que fazer, porque ou acreditava em nós ou pagávamos. Lá fomos até que a chamada fosse conseguida… a viajem foi muito cansativa fizemos uns 200 e tal quilómetros em 7 horas, chegamos ao aeroporto mudávamos a hora, estávamos a menos uma hora da Roménia. No fim, o condutor teve pena de nós e deixou-nos vir e eles não pagaram. Esperamos até as 1:55 para fazer o chek-in, um aglomerado de portugueses se juntou, viemos pela TAP maioritariamente dos passageiros eram portugueses. A nossa alegria porque só depois de tantos meses, finalmente conseguíamos perceber os ruídos, as pequenas conversas… foi muito emocionante, pelo menos para mim!
Estávamos esfomeados, apenas enchemos a barriga de maçãs… não tínhamos dinheiro em euros, apenas alguns leis romenos que traduzidos em euros não valiam muito, mas em tempo de guerra tudo serve, fomos destrocar uns 20 lei que supostamente seriam 5 euros, só nos deram 3 euros e umas moedas em Forint (moeda húngara), mas esse dinheiro não dava para nada, uma sandes era 5 euros e então decidimos esperar pelo embarque, porque tínhamos direito á refeição do avião e assim foi. O cansaço já se apoderava de todos, mas ansiedade parecia cada vez maior, finalmente ás 18:30 pisamos terreno lusitano, a viagem tinha corrido lindamente.
Quando chegamos a Lisboa supostamente tínhamos o voo directo ao Porto, o que acontece, é que em Budapeste não nos tinham feito o check-in, eles apenas tinham feito o das malas. Ficamos logo a stressar, mas tudo parecia fácil, começamos a dirigirmo-nos para a secção de transferências, fizeram-nos de imediato o chek-in e disseram que não tinham a certeza de que íamos ter vaga no voo das 7:25 porque estava tudo reservado, nós ficamos como passageiros em stand bye, ficamos imediatamente furiosos porque a nossa viagem está reservada desde de Novembro de 2008. Mas a senhora muito simpática, disse para não nos preocuparmos porque acontecia as vezes, mas normalmente havia vaga. Apanhamos o autocarro para o terminal 2- A dos voos nacionais, balcão 205, onde não nos deram certeza, que o próximo voo era as 21:45, mas para esperar uns 20 minutos que nos dizia alguma coisa. Desesperados já, cansados de viagens e passados com a TAP, esperamos e disseram-nos que só havia certeza para 2 pessoas, que era Bruno Oliveira e Cristiano Pinto e a outra teria de esperar pelo Voo das 21:45. Dissemos logo que íamos juntos, e então ficava tudo para as 21:45, mas depois de um telefonema a srª constatou que só havia uma vaga no voo seguinte, ou seja teriam de ir primeiro os 2 e depois eu. Já estavam em cima da hora para o embarque, disse para irem, pedi um euro para telefonar a minha mãe e dei-lhes o numero do meu tio que nos ia esperar no porto ás 20:30h (chegada do suposto primeiro voo, onde depois íamos jantar em minha casa). Cá fiquei, dirigi-me á apoio de clientes, trataram de me transferir para o próximo voo… e onde recebi uma indemnização de 250 euros, fiquei tão contente que não mais me importei de esperar duas horas sozinha, ainda me deram um vale de 16 euros para jantar, liguei á minha mãe a explicar a situação com o euro que o bruno me tinha dado, depois fui jantar (bacalhau á Brás, sopa, agua e café... nada mau). Passei o resto do tempo a escrever este texto… o próximos acontecimentos irei relatar depois, já ta na hora do embarque!
Finalmente 2 dias depois, consegui continuar a escrever o texto. Acontece que depois do embarque, esperei pela hora de pisar o porto e reencontrar os meus colegas de aventura, eles estavam á minha espera á 2 horas sem comer e sem beber desde das 4 horas, eram 22:40 eles já estavam com a minha mala, porque por engano tinha vindo no primeiro dia. O Bruno estava doente, enjoado e muito fraco teve de beber água com açúcar. O meu tio e o meu primo Filipe estavam á nossa espera desesperados, porque supostamente éramos para ir-me buscar as 20:30, quando disse que tinha recebido 250 euros e uma refeição ficaram logo furiosos porque passaram mais do que eu e não foram indemnizados. Era muito tarde quando fomos para casa, cansados ansiosos para comer algo (pensamos nós numa sopa) e depois dormir.
Ora, quando chegamos a casa esperava-me muitos familiares e a minha mãe super “histérica” e ao mesmo tempo emocionada. Foi um grande momento, entro na cozinha uma grande mesa, umas sobremesas e um bolo de aniversário e muita animação. Cansada mas sempre com um sorriso! Adorei a surpresa, só posso dizer obrigada família!
Um bom regresso!
:) Finalmente em casa
Um dia longo mas no fim tudo compensou…
