terça-feira, 20 de julho de 2010

Longe mas perto


Fiz questão de te ouvir
Soltas-te a voz que me preenche
Voltei a renascer
Mais uma luz se acende
Sei que não percorro sozinha
A Rua que me leva a ti
Vou ouvindo
Vou-te de seguindo
O rasto do eco que deixas
Pelas calçadas
Já te sinto perto
Sou o tempo que nos distam
Mas tu não queres esperar
Vais andado
E assim não te consigo agarrar
Vou-te ouvindo
Ao longe
Que é perto
Apenas não vais na mão
Mas vais comigo
Levo-te embrulhado
Pendurado no peito
E quando o perto
For o aqui e agora
Já não te deixo
Ir mais embora
Quero ir par a par
Ouvir o som do caminhar
Ao longo das calçadas
Que por nós irão passar


Cláudia Martins

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Aqui...






no meu mundo, eu sinto-me bem...

sábado, 17 de julho de 2010

Titulo (preciso de sugestões)


E o sol existe
Nasce para nos iluminar
Dar coragem para crescer
A aquele sorriso de manhã?
A ele ninguém resiste
Trás logo vontade de viver
E voltar ao amanhã

Se a lua cresce ao deitar
Bem para nos proteger
Faz criar a segurança
Durante os sonhos de criança
Que um dia há-de crescer
De tão longe sente-se a magia
De querer ir lá um dia
Ver a Terra embalada
Num sono profundo e descansado
Durante um sonho desmaiado


Cresce o sol de repente
Interrompe os sonhos de verdade
Mas viver na realidade
Sem voar nem imaginar
É perder a vontade
Na rotina rotineira
De fazer o que tem de ser
Mas sem querer
Bem a lua adormecer
E fazer os sonhos resplandecer
Ser…
Ter…
Fazer…
O que nos apetecer
Num mundo encantado
Que no real não parecer ser.


Cláudia Martins

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Voltar ao passado


Hoje abri as páginas do passado,
Fui ao álbum de recordações
Retirar do baú as fotografias
Que elevam as alegrias
Testemunhas das viagens, dos sonhos
Apenas velhos tempos
Registam alguns sentimentos
Que já vivi e partilhei
Que não voltarei a ter
Ficou ali mas está aqui
Tão presente
No coração e na mente
Afinal são memórias
Mas tão bom é recordar
E voltar a imaginar
Todas as histórias
Tal como aconteceu
E recordar é viver
A máquina do tempo
Parou e reviveu,
Soprou bem forte o vento
E com ele veio a vontade de partir
Para os algures que vivera
Mas …
Por breves momentos sorri
Pois, sei que está ali
Impresso e publicado
Mais um sonho realizado
Apenas e só é
Um bocadinho de mim
Mas que ainda não está no fim.

Cláudia Martins

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Linhas

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As linhas descrevem o tempo que passo a olhar para elas e a imaginar o que poderei hoje escrever, há dias que a imaginação e a vontade de escrever brota de mim que ultrapassam todas as linhas que possam ter. Mas hoje é um dia diferente, olho para elas e apenas sinto que não há nada que tenha de dizer, já muito está escrito e parece que está tudo dito…Não há novidades…
Simplesmente são linhas vazias e despidas de cor e de emoção. Cada um faz delas o que vem cá de dentro...
Hoje não escrevo nada, talvez arriscaria fazer um desenho a lápis de cor e aí fazia um arco-íris colorido e cheio de vida.
Quero apenas ver pintadas, as cores que dão cor á vida… à vida que me entra de manhã pela janela, que me acompanha todo o dia, o som dos pássaros, o florir do jardim, o barulho da chuva, a voz de quem amo... a vida que me ilumina e me faz acreditar que tudo o me rodeia é belo. Afinal tudo tem cor, mesmo que o dia seja cinzento há sempre um rasgo no céu azul…




domingo, 11 de julho de 2010

eu..




Sou prisioneira
Quando me limito a pensar
Sou a liberdade
Quando sonho em pleno
Sou a felicidade
Quando estás por perto
Sou a luta
Quando acredito de verdade
Sou a conquista
Quando alcanço o que desejo
Sou o desespero
Quando te vais embora
Sou a revolta
Quando não consigo alcançar
Mas sou a esperança
Que tudo é possível
Com alguma perseverança
Sou a Vitória
Porque quero acreditar
Que não há impossíveis a determinar
Que o longe é o perto
Que o medo de arriscar
Pode ser o medo de perder
Mas perder também é vencer
Perder é aprender
A renovar e a melhor
Isto sim… Acho que é o certo!


Cláudia Martins

Saudade ...




Trago em mim
As mãos vazias
Os pés descalços
Os meus abraços
Sem pedires
Fui ter contigo
Assim cheia de nada
Pronta a receber
Um colo
Um abrigo
Um porto-seguro
Queria apenas ouvir-te
Queria apenas sentir-te
Junto do peito
E ouvir o bater do coração
Deixar a saudade ir embora
Segredar com o silêncio
Sem palavras
E partir novamente
Sem demora
Para uma noite
Que nunca chegara
Outrora! Mas desejara
Que viesse agora!

Xiuuuuuuuuuu soa ao fundo
(mandaram-me parar)

Eu sei!
Sonho acordada
Mas despertei
Foi apenas a saudade
A dar manisfestos!

Fica a saudade
Para matar mais tarde
Não em sonhos durante o dia
Mas nem sabes a saudade
Daquele seu jeito de alegria.

Mas chegará o dia...
E a saudade vai embora
Novamente de mão vazia

Cláudia Martins

sábado, 10 de julho de 2010

noite de verão


A balada do violino
O som das ruas despidas
O eco de vozes tremidas
soam numa noite profunda
Com medo de errar
Surgem nas rotas traçadas
Sem bússola…
Perdidas no tempo
Disse adeus à melodia
Quis o silêncio da lua
Permanecer na rua
Parei nas calçadas
Sem jeito de olhar
Sem saber o que pensar
Mas quis ficar e ver as estrelas
Que do céu me estão a olhar
O som do mundo girava
Perdia-lhe o rumo
Deixei-me ficar por ali
E mesmo sentada
Fiquei a pensar em ti
Numa noite quente de verão

Cláudia Martins

sexta-feira, 9 de julho de 2010

sem titulo


Há tanto por dizer
Ainda há mais por fazer
Alegrias por construir
Mas parece tarefa difícil
Quase dá vontade de fugir
Faltam forças e alento
Mas, e se eu desistir?
Dilui por instantes o pensamento
Quebra-se os ecos do silêncio
E, não …
Desistir é que não
Desistir é enfraquecer
Perder o sentido de viver
É deixar morrer o riso
Mas, para sobreviver
Neste mundo inconstante
Temos de ser persistentes
Partir para a luta diariamente
Conquistar com o esforço
Pedacinhos de felicidade
Aprendemos a viver vivendo
Aprendemos a acreditar crescendo
Mas ambos sabemos
Que podemos receber
Um sim ou um não
Em tudo que arriscamos
Mas uma coisa é certa
Nao podemos perder
De vista o horizonte
E a esperança que é a fonte
Da nossa existência

Claudia Martins

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Noites de luar


Entra a noite pela janela
Vejo que está um belo luar
Hoje apenas a lua me esta a olhar
Nesta imensa escuridão
Parece que só ela está acordada
Ouve atentamente os nossos segredos
Sabe os nossos medos
Não tem alma nem coração
Enche o céu de magia
E hoje faz-me companhia
Conta histórias para adormecer
Às meninas com insónias
Porque o calor desta noite
Parece que não vai embora
Fico na janela agora
Para mais uma história
Com princesas, castelos e cores
Afinal é mais um sonho
Que entra na imaginação
De quem parte no encantador
Mundo da ilusão
Mas não quero adormecer
Sem me despedir do luar
Afinal só ele está aqui
Para as boas noites desejar.

Boa noite lua… faz dos meus sonhos realidade ( se me permitires fazer um desejo)


Cláudia Martins

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Preciso de...


Preciso de um abraço meigo que me conforte
Preciso de um abraço amigo que me aqueça
Preciso de um abraço forte que me ampare
Preciso de um abraço sincero que preencha
Preciso de um abraço teu

Preciso de um sorriso meu
Preciso de um olhar nosso
Preciso de uma palavra
preciso de um silencio confidente
Preciso de ti

Precisava que alguem me desse umas asas
Para poder voar pelos misterios da noite
Descobrir os segredos que impedem
De seres quem eu queria
De seres meu por um dia

Mas sei que o sempre é distante
sei que o sempre não existe
Por um dia era o queria
Para ver o que sentia
Num simples abraço teu
Junto de um abraço meu.


Cláudia Martins

sábado, 3 de julho de 2010

um dia de férias



Com o cheirinho a mar, o quentinho do sol e o som das ondas como pano de fundo é o cenário perfeito para o descanso numas férias.
Pego um livro para me fazer companhia, não esquecendo o protector solar, os óculos de sol e a toalha de praia, levo ainda uns trocos para um gelado ao fim do dia, e assim o kit de acessórios completa-se, para um dia supostamente perfeito. Saí de casa de encontro ao descanso, percorro 17 Quilómetros até ao destino e me apercebo que apesar de o mar estar calmo e a bandeira verde, está um vendaval… Refugio-me nas dunas e o vento que paira no ar, por momentos o vento se calmou. No momento de testar a temperatura da água, não esperando que ela tivesse quente mas pelo menos estava na esperança de conseguir arriscar um mergulho, um peixe-aranha não hesitou em testar o seu veneno no meu delicado pézito. Fui picada e são umas dores de…mas o nadador salvador só se ria. Felizmente que depois passou… quanto ao livro consegui ler 3 páginas.
O vento ficou mais forte como se me mandasse embora, e pouco tempo depois mandou mesmo... Mais um dia de férias passado… espero por dias melhores.

Pela mão


Nas linhas do tempo
Desenho sorrisos no rosto
Vivo nos sonhos que sonho
Perco-me em pensamentos
Penso que
Podia ser um peixe
Para conhecer as profundezas do mar
Podia ser um pássaro
Para voar com os ventos
E passar pelas nuvens do céu
Mas
Quero devolver sorrisos
Em dias escuros e cinzentos
Quero ser o ombro para te apoiar
No momento que precisar
Quero viver sonhando
Num mundo imperfeito
Sem as sombras da solidão
Mas quero ir pela mão
Para ter a certeza
Que não vou em vão
Mas sim pelo caminho
Que poderá ser o mais certo
Mas contigo
Se és meu amigo
Nada será deserto

sexta-feira, 2 de julho de 2010

amizade


Por vezes são sorrisos que se atravessam inesperadamente, são as palavras ditas ocasionalmente e as conversas partilhas com pessoas com quem cruzamos de repente e ficam marcadas para sempre. É em pequenos e simples gestos que descobrimos pessoas fantásticas. Entram de mansinho sem as procurarmos e vão permanecendo no tempo fortalecendo uma amizade. A amizade é espontânea e não se procura encontram-se nos locais que menos se espera, não tem idade, não tem perfil mas tem personalidade. A amizade não se agradece mas retribui-se, não é um objecto palpável, mas é uma cumplicidade para com alguém que confia e que acredita em nós e acima de tudo nos dá força para sorrir com mais energia todos os dias. Há pessoas que são amigos quando apenas lhe interessa alguma coisa, e esse com o tempo perdem interesse, mas os verdadeiros amigos apenas têm interesse no nosso bem-estar.
E é assim que com o tempo vamos perdendo contactos e encontrando outros… a vida é um descontinuo continuado de acções, de sonhos, de crenças... No meio disto tudo, o que é mesmo importante é estarmos bem rodeamos de energia positiva.