terça-feira, 18 de maio de 2010

Silêncios silenciados


Fui
Estava lá
Quando quiseram
Quando precisaram
Vi
Quem foram
O que fizeram
Não disse nada outrora
Fui
Desta vez embora
Sabem porquê?
O silêncio que paira
É demais
Já não sou ninguém
Já não precisam
Pois e é assim
Que me despeço
Mas
Não tenham medo de mim
Não vos conheço
Passaram, nem vos vi
Ignorei o que passei
Nada mais senti
Estava lá realmente
Era eu
Mas depois de ignorada
Nada resta infelizmente
Ficamos por aqui
Num fim sem inicio
Um resto de nada
Um vazio mútuo

Resta o silêncio.

Cláudia Martins

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