domingo, 30 de maio de 2010

Continuo á tua espera


Anseio aquele abraço e olhar-te nos olhos de novo. A distância transforma-se na saudade que rompe o coração. Só nos teus braços cabe os meus e os teus abraços, só no teu colo sinto o sonho de menina num regaço que não termina. É com as minhas mãos nas tuas que pinto a pincel os episódios de alegria e as memórias de infância que recordo com ternura. Tempos em que os domingos eram passados no parque a distribuir pão pelos patinhos do lago, tempos que corríamos atrás das gaivotas na praia, tempos que passávamos o inverno na lareira a jogar às cartas e saraus a ensinares-me os exercícios de matemática.
Agora já não há tempo para uma chamada de telemóvel, agora já pouco resta da infância, apenas umas gravuras, mas tu sabes que estou aqui e sabes como me encontrares. Talvez um dia, que tenhas tempo e queiras vir comigo outra vez, reviver os bons momentos já não haja vontade. Apenas queria guardar aqueles momentos, porque destes últimos anos poucos restam. Talvez quando o teu relógio parar… irás perceber o que te queria dizer, mas por vezes falta-me a coragem e tu não entendes o meu silêncio e ausência. Enquanto o telefone não toca e enquanto não me voltares a sentar no teu colo vou continuar a esperar…
Até que um dia voltes a ser o que eras ….

Um comentário:

  1. "A saudade não mata, mas martiriza um sincero coração."

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