sexta-feira, 2 de abril de 2010

Liberdade de ser eu


Que importa o tens
Se posso ter o quero
Que importa o teu sonho
Se eu posso também sonhar
Que importa as tuas frases
Se eu posso escrever as minhas
Não sei se o que dizes faz sentido
Sei que posso sorrir
Sei que posso viver
Desenhar, pintar e escrever
Embora não saiba por onde quero andar
Tento percorrer um caminho que é só meu
Fazer o que me apetecer
Não me quero limitar ao teu “eu”
Sinto na brisa os teus poemas
E por vezes, faço deles dilemas
Mas posso eu ser?
Alguém sem problemas em viver?
Sem limites e com apetites
Com ilusão ou confusão?
Só mesmo aqui na imaginação
Poderei eu ser o que quiser
Porque enquanto as regras permanecem
A liberdade fica entalada
Na sociedade que ainda resiste
O poder de ficar calada
Mas cá dentro vive a alma
De quem fala
De quem ri
De quem vive
De quem sente
De quem sonha
De quem procura uma definição
Mas encontra a indecisão



Cláudia Martins

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