quinta-feira, 30 de setembro de 2010

há mudanças lá fora


As cores vivas estão aos poucos a desvanecer na natureza, já se sente o frio a aproximar-se e os pássaros afastar-se... Pela janela do quarto vejo o vento a despentear a árvores sinal de mudanças lá fora. Vou sair à rua e deixar o vento pentear-me o cabelo, vou-me arrepiar no peito, e deixar-me ir ... ando com vontade de voar, neste caso o impossível continua a ser um factor determinante para me deixar acomodar nas calçadas da terra. Mas quando vou dormir, penso sempre para mim... HOJE QUERO VOAR... fico à espera que sonho me leve um dia, já que não posso ir pelo vento, vou esperar que o tempo me deixe partir para outro lugar.


...

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

o primeiro passo já está

Hoje bem cedinho, o sono profundo deu lugar a um estranho nervosismo, a uma inquietação... despertei e fiquei a pensar, mas as horas passavam e o friozinho da barriga não queria passar. Afinal hoje era um dia importante, o inicio de uma nova etapa, de uma mudança. 9:30h lá estava eu para um reunião na Câmara Municipal de Vila Real, para estabelecer o primeiro contacto com a entidade que me irá acolher durante o período de estágio que se iniciará já para Outubro. Fui bem recebida, foram atenciosos e disponíveis para me ajudar... vim para casa mais satisfeita e com vontade de ir já trabalhar! Bem sei que não será fácil, mas com boa vontade tudo se irá conseguir!

domingo, 26 de setembro de 2010

as verdadeiras amizades


Há medida que os dias passam, que as horas contam e os minutos se vivem…vou-me apercebendo quem são realmente os meus amigos. A distância física pode ser obstáculo a muitas amizades, mas para quem a amizade é sincera e de verdade, o problema não se coloca. Sei que quando preciso, posso ligar, deixar uma sms ou escrever em offline no msn, que do outro lado tenho uma palavra, um conselho um ouvido um ombro… sei que mesmo longe está perto. Da mesma forma que sempre que precisam de mim, eu estou por perto ao longe. Quanto mais voltas dou ao mundo e por mais pessoas que conheça, apercebo-me que mais gosto dos meus verdadeiros amigos, e ao mesmo tempo mais descubro as maldades e o egoísmo que por aí paira. A única objecção que há com distância dos que mais amo, é a impossibilidade de os abraçar quando mais preciso, mas mesmo assim com a voz do longe que é perto surgem sorrisos e correm as lágrimas. Ao mesmo tempo que vou vivendo e vou acrescentado experiências, vou aprendendo que não posso acreditar em toda a gente, sei que às vezes tenho de fechar os olhos às injustiças, e continuar a sorrir a quem me odeia ou a quem eu sei que me quer ver lá em baixo. Sou fraca quando me vejo sozinha no quarto no escuro da noite, aí posso dizer tudo o que sinto que ninguém me julga, mas sou forte porque aquilo que quero transmitir é o estádio de felicidade quando por dentro sei que choro. Sei que as pessoas precisam mais de mim do que eu delas, porque eu estou disponível sempre mesmo quando sei que depois me fecham a porta, mesmo assim sorrio porque sei que fiz de boa vontade. Por vezes magoa ver a maldade das pessoas à minha volta, mas no fundo não é a elas que devo dar a minha atenção, a essas personagens dou-lhes sorrisos e desprezo, mas às outras dou a minha inteira confiança, disponibilidade, respeito e amizade. A elas devo os meus sorrisos, partilho as minhas ansiedades e os medos e com elas sei que posso contar para acrescentar mais sorrisos.
Aos meus amigos, obrigada.



Cláudia Martins

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

vou com o tempo


Vou com tempo colorir
As paisagens de mar
Percorrer o azul das ondas
com um barco a navegar
Vou com tempo fugir
Para me deixarem sonhar
Fujo daquela gente
Esqueço o tempo
Saio da mente
Vou com o vento
Para onde me levar
Sem destino alinhado
Sem regresso marcado
Tenho um desejo!
Deixa-me dançar
Com os pássaros no ar
Fecho os olhos e vejo
O que quero acreditar
Assim…
Vou com tempo descobrir
O canto do vento
As lágrimas da chuva
E os risos do sol
Já vou!
Não perco mais tempo
Vou cantar ao vento
Chorar com a chuva
E sorrir com o sol
Pois aqui não há tempo
Ninguém quer sonhar
Aqui ninguém fala do vento
Aqui ninguém quer chorar
Já ninguém quer sorrir
Mais vale a pena fugir!
E hoje quero voar com o tempo.
Para voltar a sentir o vento.


Cláudia Martins

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

sem palavras


Fora tempo que te agarrava a mão,
Queríamos felicitar o sol que nos iluminava
Queríamos sorrir às estrelas que nos aconchegavam
Queríamos…
Seria um sonhar a voar em asas de andorinha
Seria um canto ou um sussurrar do coração
Pois, fora tempo que me dizias
Que jamais me perdias…
Era do tempo que o impossível era possível
Íamos e sorriamos sem limites
Repentinamente…
Dou por mim de mãos vazias
Vagueando na multidão
Procurando por certo uma solução
Seria de questionar, o porquê a solidão?
Respondias sempre SEM PALAVRAS
Não percebia o VALOR DO teu SILENCIO
Continuo sem respostas, em silêncio te ouço
Mas não entendo.
Agora sei que não há letras
Já não serve o que dirias
Levo nas minhas mãos, agora vazias
O valor do silêncio.
Sem palavras te dizia
Num olhar o que sentia
Sem palavras não me transmitias
Realmente o que valia.


Cláudia Martins

Amanhã fico triste



click na imagem para ampliar.

Estas palavras deixaram-me a pensar.
Amanhã fico triste!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Amanhã pode ser tarde


Abro a janela
Sorrio ao sabor do dia
Pela manhã despertina
Corre atrás de mim a rotina
Sem mais quereres
Sem mais saberes
Lá vou…
Mas, sorrio a mais um dia
Entre os sonhos acordados
Outros ainda mal sonhados
Vou fazer companhia ao sol escondido
Ainda pela fresca da manhã
Dizer bom dia alegria
A todos que cruzar
Quero e vou
Viver e sorrir
Abre-se os braços
Dá-se abraços
Chegamos ao fim cansados
Mas sempre realizados.
Questiono
Ficou algo por dizer? Fazer?
Noite virá…
Atrás do dia
Pois amanhã é só mais um dia
Digo tudo que quero
Ouço o que não quero
Faço o que tem de ser
O que por vezes, não me apetece
Vou contigo
Estou contigo
Se és meu amigo.
Não me esqueço de ti
Levo-te comigo
Para o amanhã se existir
E vivemos mais um dia
Mais dia de magia
Porque amanhã pode ser tarde
Tarde para dizer
Obrigado
Gosto de ti
Desculpa
E perdemos a oportunidade.
Para viver de verdade
Só quero viver mais um dia.
Mais um dia de intensidade.

Cláudia Martins

terça-feira, 14 de setembro de 2010

desassossego...


Que brisa de desassossego paira
Um frio eterno e cansado
Chega ao entardecer
Permanece ao amanhecer
Percorre as veias, os membros a alma
Não está parado…
Exalta-se mas deixa-se esperar
Desvanece-se nas mágoas do passado
Remexe com o coração
Nada está determinado
Muito há por decidir
Mas com esse silêncio atracado
Já não sei para onde fugir
Não é fácil escolher
Pelo sim ou pelo não
Mas o silêncio não é solução
Um dia vais responder
Aí, poderei eu perceber?
Talvez um dia, agora não
Mas também este rumo
Eu não assumo!
É preciso cair muitas vezes
É preciso sofrer
Mas é assim que se aprende
A saber viver.


Cláudia Martins

sábado, 11 de setembro de 2010

"JANTAR de IDIOTAs" a 4

"Jantar de idiotas" digamos que o foi o filme escolhido para o serão, depois de um belo jantar das quatro verdadeiras amigas. O jantar foi agradavelmente bem passado, a partilhar as experiências das férias que estão mesmo a dar as últimas.Foi vigiar entre, Holanda, Espanha e pelo nosso Algarve.
Depois da janta decidimos o serão, unanimemente seguimos a direcção de Braga e o destino era mesmo cinema. Ora decidir pelo filme ficou a cargo da nossa Luísa, confiamos nos bons gosto dela e claro não tínhamos cinema para breve no mínimo teríamos de esperar duas horas. Pensamos e repensamos e decidimos tomar um cafézito por ali, o tempo voa e quando estamos com quem gostamos não falta assunto. Rapidamente passou a hora e fomos lá ver o filmezito. O filme é simplesmente uma comédia que nos põe a rir de inicio a fim.
Palavras para quê?



( ainda rio sozinha só de pensar ... mas isto não é nada acreditem)

Aconselho a quem tiver mal disposto e queira por todos os problemas a trás das costas ir ao cinema ver o dito...é sem dúvida um filme para se ver em boa companhia. Uma noite memorável a quatro, amanhã cada uma de nós segue rumo ás cidades de acolhimento para os estudos e talvez para o natal a gente repita uma dose. Mas o importante é que todos os momentos que passamos juntas são inesquecíveis e apesar da distancia andamos unidas.




adorei esta noite...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

vira-se uma página...


Vira-se mais um dia, mais um dia solitário refugiada nos meus porquês nas minhas dúvidas e com as minhas razões. Vira-se mais uma página que termina com pontos de interrogações, que questionam coisas patéticas que ninguém pode perceber, as vezes nem eu entendo estes meus devaneios ou nostalgias de tempo passado, de coisas mal resolvidas e de conversas que não foram ditas. Durmo sobre o assunto, e enquanto não arranjo passatempo mais interessante para fazer, volto a pensar no mesmo e volto ao meu refúgios, às minhas paredes, ao peitoril da minha janela onde procuro um pouco de luz e sentir o vento no rosto. Falta-me imaginação, falta-me inspiração para escrever… entro assim numa constante rotina. Amanhã vou-me despedir destes pensamentos, vou deixa-los fechados no quarto e vou dar uma fugida ao exterior, ver de novo a vida que rodeia e procurar algo de diferente. Vou por aí fugir ao que não quero sentir…

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

...



Uma imagem que diz tudo... ou então fica por dizer...

sábado, 4 de setembro de 2010

devaneios de tempo...



Sei que sabes que te ouço
Faço-te por te ouvir no silêncio
Tenho medo quando não falas
Receio os teus segredos
Não sei bem os teus medos
Por vezes confundes-me
Deixas e levas-me a pensar
Se te hei-de dizer ou então calar
Corro ao som dos teus passos
Até, que te deixo de ouvir
Foste só, por aí
Deixaste-me para trás
Volto ao ponto de partida
De Mão vazia
Pé descalço
Recordo triste aquele tempo
Que partias comigo na aventura
Que sorrias nos meus olhos
Que me apertavas ao peito
Que fazias acreditar no impossível
Fazias-me voar
Mesmo sem sair do lugar
Aqui, olho o céu
Baloiço nas ondas no mar
Deixo-me ficar
Escrevo na areia
Segredo que o mar
Um dia irá guardar
Mas fico sem saber
Se um te hei-de dizer


Cláudia Martins