domingo, 29 de maio de 2011

silêncio, distâncias e medos


não consigo decifrar o teu olhar no silêncio.

o silêncio pode significar duas coisas, o medo de dizer o que se pensa, ou a certeza de que não vale a pena dizer nada.

as vezes quando estou sozinha dentro dos meus devaneios pessoais, gosto de ouvir o silêncio, mas quando o estou a partilhar com alguém tenho medo que o silêncio se torne num vicio. O silêncio pode não ser nada, ou pode ser tudo.

Mas ontem ouvi o silêncio enquanto as ondas do mar rebentavam na areia... adormeci como a leve brisa que passava e vaguei pelos sonhos. deste silêncio gosto, consigo alcançar uma paz interior. A solidão é sempre melhor quando vivida sozinha, pois aí tenho a certeza que sou eu comigo. Uma das coisas que tenho a vindo a constatar é que só posso contar comigo. Um dia fazemos amizades e elas dissipam no tempo e na distância, outro dia até acordamos e pensamos que estamos rodeados de pessoas boas e só vemos desilusão, por vezes não conhecemos bem as pessoas e confiamos demais e acontece mais uma desilusão. Circunstâncias que ninguém pode prever, mas estão constantemente acontecer. Sorrisos e abraços de quem já perdi o rasto, ficam na memória do coração. Depois de tanto tempo a conquistar fortes laços de amizade, vem a distância. é sempre assim...

ja dei tantas voltas e reviravoltas que nem sei bem a quantas ando, não sei se estou em terra firme, ou no ar a voar, ou se simplesmente no mar a flutuar à deriva. esta inconstante incerteza traz-me tanta insegurança e medo, também acho que não é só vivida por mim.

odeio esta pessoa em que me estou a tornar... pessimista

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